Pensamento do Polo Audiovisual de Barra do Piraí

"Você vê coisas e diz: Por quê? Mas eu sonho coisas que nunca existiram e digo: Por que não?"
Robert Kennedy

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Entrevista sobre pré-estreia de Histórias que só existem quando lembradas em Barra do Piraí



O Secretário Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Barra do Piraí, Roberto Monzo, falou à TV RioSul na última quinta-feira (05 de julho) sobre a pré-estreia do filme Histórias que só existem quando lembradas, de Júlia Murat, rodado no Polo Audiovisual da região.



Transcrição da entrevista

O cinema está levando Barra do Piraí para o mundo! O filme "Histórias que só existem quando lembradas", rodado no município, já acumula prêmios internacionais. E hoje é o dia da pré-estreia. Os moradores de Barra do Piraí que acompanharam as gravações vão poder ver o resultado. E para saber mais sobre o filme eu vou conversar agora com o secretário de desenvolvimento de Barra do Piraí, Roberto Monzo. Boa tarde!

Roberto Monzo: Boa tarde.

Juliana Souto: Obrigado por participar hoje aqui do RJ. E vamos começar falando de uma novidade muito boa. O filme acabou de ganhar um prêmio em Paris?

Roberto Monzo: É, o filme participou do Festival Brasileiro de Cinema, em Paris, e foi premiado como melhor filme, é o mais recente prêmio internacional dele, já que ele vem colecionando um monte de prêmios.

Juliana Souto: Pois é, são vários outros, né? Cita alguns para a gente.

Roberto Monzo: Melhor filme em Abu Dabhi, São Sebastian, enfim, em vários países do mundo onde ele vem participando. Menções honrosas, prêmios de atriz, prêmio de melhor filme, prêmio de fotografia... É um filme muito premiado e um orgulho para todos nós.

Juliana Souto: Pois é, como a população de Barra do Piraí está se sentindo, estão orgulhosos?

Roberto Monzo: Com certeza.

Juliana Souto: Ver a cidade sendo divulgada...

Roberto Monzo: Orgulhosa de ver a cidade, orgulhosa de ver as pessoas, já que o filme tem a participação de um pedreiro aposentado, seu Pedro Igreja, aos 78 anos. Quando a gente pensa que está encerrando a carreira, ele está iniciando uma nova, de ator em cinema.

Juliana Souto: Muito legal. Quer dizer que nós temos imagens das gravações que a nossa equipe acompanhou. Vamos dar uma olhadinha. Olha aí. Quanto tempo duraram estas gravações?

Roberto Monzo: As gravações aconteceram durante seis semanas, aliás dois meses, dois meses de gravação. Nós temos o seu Pedro Igreja ali, estamos na gravação em São Sebastião de Lacerda e também em Ipiabas. Essa é a casa da personagem principal, que é a Madalena, que é a fazenda lá em Ipiabas da família Tinoco. Aí a Sônia Guedes, a grande atriz que viveu a personagem principal do filme.

Juliana Souto: Conta para a gente um pouquinho desta história.

Roberto Monzo: Então, a história é passada na cidade de Jotuomba, uma cidade fictícia do Vale do Paraíba que ficou parada no tempo com o declínio do café, a desativação da ferrovia. E nessa cidade, o cemitério ficou trancado e, desde então, ninguém morria. Madalena era padeira, tinha suas atividades e é surpreendida com a chegada da Rita, uma jovem da cidade grande, fotógrafa e cheia de tecnologia em um lugar que ficou parado no tempo. Então esse encontro desenrola em uma história muito bonita e de gerações, de cultura. É um filme que vale a pena ser visto. É um filme de muita plasticidade, artístico.

Juliana Souto: Uma história impressionante.

Roberto Monzo: Muito bonito, muito bonito.

Juliana Souto: E como é que Barra do Piraí foi escolhida para ser o cenário deste filme?

Roberto Monzo: Bom, começa com a criação do polo visual de Barra do Piraí, em 2009, uma estrategia da prefeitura para promover o desenvolvimento a partir da economia criativa, aproveitando o potencial da cidade e da nossa região com o patrimônio histórico, criativo e natural. E a partir da criação do polo audiovisual, a gente vem captando, atraindo produções. O polo visual tem varias ações, uma delas a atração de produções audiovisuais. Foi o primeiro município do estado do Rio a assinar um acordo de cooperações técnica com a Rio Film Commission, que é um escritório do estado do Rio responsável pela atração de produções também internacionais. E por conta disso, a Secretaria Estadual de Cultura vem indicando Barra do Piraí como um possível destino das produções.

Juliana Souto: Quer dizer, esse polo audiovisual está sendo muito importante para a cidade?

Roberto Monzo: Importante para a cidade, para a região e para o próprio estado. Ele tem sido divulgado como um exemplo de polo, e o Steve Solot, que é presidente da Rio Film Commission, tem participado de festivais, como de Cannes, Paris, no mundo inteiro, falando dessa experiência, da experiência do projeto Luz, Câmera, Educação, que leva oficinas de cinemas para escola e, portanto, dissemina a cultura do audiovisual. É uma mudança muito grande para a cidade.

Juliana Souto: Pois é, como isso está sendo para a população? A população está vendo o cinema de forma diferente? Acompanhou toda a gravação, né. Como está sendo para os moradores?

Roberto Monzo: Então, é um motivo de orgulho. Até então eles ainda não viram o filme, vão ver hoje. O filme estreou, na verdade ele foi exibido no Festival de Cinema do Rio de Janeiro no ano passado, mas ainda não entrou no circuito, entra amanhã no circuito, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Então é aquela expectativa de ver alguma coisa que foi gravada ali, que leva as imagens da cidade, que leva pessoas da cidade.

Juliana Souto: Desperta curiosidade para o cinema, para a arte?

Roberto Monzo: Desperta curiosidade e, por exemplo, os jovens que participam do projeto Buscando a Educação, outro olhar voltado para o cinema, eles já assistem ao filme de outra forma, já analisam tecnicamente, artisticamente, um filme. Não é mais aquela posição de espectador apenas para entretenimento, mas como educação também.

Juliana Souto: A diretora está sendo muito elogiada pelos críticos, né?

Roberto Monzo: Brilhante. A Júlia Murat, que não só ganhou um monte de prêmios, mas vai ganhar um agora, ela está gravida, está por pouco para ter seu primeiro filho. A Júlia, é o seu primeiro longa-metragem. Ela, filha de uma importante cineasta, que é a Lúcia Murat, e agora começa com o pé direito com um filme realmente aclamado internacionalmente.

Juliana Souto: Muito bom. Lembrando que a pré-estreia é hoje, a população de Barra do Piraí vai poder conferir este resultado hoje.

Roberto Monzo: Exatamente, hoje, às 19h, no cinema recém inaugurado, onde agora a gente vai poder exibir as produções feitas pela cidade e feitas na cidade.

Juliana Souto: Esta aí, muito legal, secretário. Muito obrigada pela sua participação aqui no RJ. Uma boa exibição do filme lá e com certeza a população vai se divertir bastante, vai gostar de se ver na tela.

Roberto Monzo: Com certeza. E a gente fica muito feliz aí de estar sendo a porta de entrada do Vale do Café para as produções audiovisuais, o que vai promover o desenvolvimento não só de Barra do Piraí, mas de toda a região.

Juliana Souto: O cinema fica onde?

Roberto Monzo: O cinema fica dentro do Mercado Municipal, no Centro da cidade. Recém construídas essas duas salas de cinema, com inclusive projeção 3D. Depois de 20 anos sem cinema, a cidade volta a ter cinema e volta a curtir essa coisa maravilhosa, que é o polo audiovisual e a suas produções.

Juliana Souto: Toda a população lá hoje, então?

Roberto Monzo: Com certeza.

Juliana Souto: Obrigada.

Roberto Monzo: Eu é que agradeço.

Juliana Souto: Boa tarde.

Fonte: TV RIO SUL

Um comentário:

  1. Olá, meu nome é Carlos Roberto de Souza, natural de Machado-MG. Em 18 de dezembro de 2005 eu lancei a “Revista do Cinema Machadense” que conta a trajetória da Sétima Arte da cidade de Machado (1911-2005).
    O evento teve cobertura da TV Alterosa (SBT sul de Minas). Segue o vídeo para sua análise.

    Um grande abraço a todos

    Carlos Roberto de Souza (poeta/editor)

    Revista do Cinema Machadense; pela TV Alterosa (SBT)
    http://www.youtube.com/watch?v=msoR2iUr-8M

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